Deu sono.

16 de outubro de 2008

Em 90 minutos jogando em casa o Brasil não conseguiu levar perigo ao gol da Colômbia. Pra falar a verdade quem conseguiu ver o jogo inteiro pode se considerar um herói, foi de dar sono. E dessa vez não tem a desculpa que a seleção visitante ficou o tempo inteiro atrás, por que quando tinha a posse de bola a Colômbia foi para o ataque, porém sem levar perigo. O público que compareceu ao Maracanã não engoliu o desempenho sofrível e atacou principalmente o técnico Dunga. O canto de "Adeus Dunga!" ecoou várias vezes no estádio, Robinho também foi hostilizado por ter pedido pra sair ao sentir uma contusão. As entradas de Mancini e Alexandre Pato não tiveram efeito, o treinador não mudou o esquema com dois volantes extremamente defensivos. Em várias situações do jogo a bola ficava nos pés de Josué ou de Gilberto Silva e eles erravam passes ou recuavam a bola para os zagueiros. O mínimo que Dunga poderia ter feito no intervalo era tirar um dos volantes e colocar um meia, a seleção não tinha necessidade de permanecer com dois jogadores defensivos em seu meio campo. Ele só resolveu mudar o time aos 10 minutos do segundo tempo, e mais uma vez lhe faltou ousadia. Ele deixou os dois volantes em campo e tirou Elano para colocar Mancini. Minutos mais tarde Alexandre Pato entrou no lugar de Robinho que saiu de campo sentindo dores. As alterações não surtirão efeito e quando torcedor imaginava que iria ocorrer uma alteração para deixar o time mais ofensivo o zagueiro Juan voltou a sentir a contusão na coxa e foi substituído por Thiago Silva. O técnico Dunga afirmou na semana passada que as pessoas não entendem que o esquema tático da seleção está de acordo com o futebol moderno. Acho que ele não sabe o que é moderno, será que é moderno o lateral esquerdo cruzar bolas da intermediária e não chegar uma vez sequer a linha de fundo em 90 minutos? Será que é moderno jogar com dois volantes que só defendem e com laterais que não apoiam o ataque? Será que é moderno atacar com apenas três jogadores e apenas mais um (Elano) chegando de trás? Respondo aos amigos que isso não tem nada a ver com futebol moderno, tem a ver sim com tática de time pequeno que joga na defesa e parte nos contrataques com apenas três ou quatro jogadores.

Comprovo a minha tese citando que nas últimas rodadas das eliminatórias a seleção conseguiu vencer fora de casa, exatamente por ficar atrás e se aproveitar de contrataques. Já em casa, quando precisa partir pra cima do adversário, já não marca gol a três jogos. A tal modernidade alegada por Dunga é totalmente incompreensível e infelizmente nem as péssimas atuações o fazem mudar seu pensamento, ele se mantém fiel a um esquema tático engessado que não tem a cara do futebol brasileiro. Se insistir com esse pensamento a seleção brasileira vai continuar irregular e com atuações pífias como a de hoje a noite. Espero que após mais esse vexame ele mude um pouco a sua forma de ver futebol. É esperar pra ver.

Foto: UOL

Tá de brincadeira.

11 de setembro de 2008

Demorei pra escrever sobre a atuação vergonhosa de ontem pois não quis escrever sobre a influência da grande decepção que tomou conta de mim depois daquela partida sofrível.

A CBF tá de brincadeira, só pode, o Dunga não é técnico, nunca foi! Por que começar a carreira como técnico da seleção? Não existe lógica, não existe resposta que me convença, não dá pra colocar um estagiário pra presidir uma empresa, não dá. O problema do técnico não serve de justificativa para os jogadores que estavam em campo sem o mínimo de vontade e achando que a goleada iria sair ao natural, depois de ontem ficou claro que a seleção brasileira não é levada a sério por ninguém.

E afirmo, se Dunga for o técnico da seleção na copa de 2010 (caso se classifique), passaremos vergonha, não dá pra brincar com a seleção brasileira, que sempre foi um grande motivo de orgulho e patriotismo de todo o povo brasileiro, com todas essas brincadeiras a identificação do torcedor com a seleção está se perdendo, o público presente ao Engenhão no jogo de ontem comprova o que estou falando.

Que bom que a partir de agora voltaremos a falar do campeonato brasileiro, muito mais empolgante do que a seleção comanda por um técnico despreparado.